terça-feira, 17 de novembro de 2015

Razão Superior

mensagem 17.11.15

Ouve a voz suave e infinita da razão interior, esta é a mais bela e preciosa de todas, aquela que não julga, não sabe, apenas é com tudo o que existe e, portanto, é perfeita, é sabedoria em essência, é razão mais do que a razão, a Verdade absoluta.
Essa voz habita sutilmente cada ser e se expande à medida que eles caminham ao seu encontro. Esse movimento é o que dá sentido à vida
Esse caminhar é o que se chama de missão.
Essa voz que tudo sabe sobre você e sobre tudo o que existe, te chama e te mobiliza ao seu encontro porque este é o destino, essa é a Vontade. Aquele que se distancia dela, que a torna muda, a silencia dentro de si se perde... das muitas formas que se é possível perder-se...
Há muitas formas, muitas maneiras diferentes, muitas propostas diferentes para este caminhar até a voz interior, essa voz que é o próprio Deus, habitando em cada um.
A humanidade tem tentado de muitas formas, elaborado técnicas, estudos, rituais os mais variados, mas este caminhar não exige qualquer esforço, não exige qualquer dispersão de energia, não exige, ele consiste em um exercício de se deixar levar apenas.
Não há necessidade de sons, luzes, cheiros, palavras. Não há necessidade alguma para o encontro consigo mesmo, com essa essência, essa razão, esse Deus interior, senão calar. Calar-se, silenciar-se sob todas as formas, para se entregar ao encontro com sua voz interior.
E uma vez que essa conexão se estabeleça, de forma verdadeira e não sutil apenas, são tão profundas e transformadoras as experiências vividas no cotidiano da existência que todas as noções se perdem, sem se perder necessariamente... Tempo, desejo, razão tudo se dilui na vontade maior de sentir apenas, de ser apenas...
Essa voz da razão interior não ordena, age com sutileza, com delicadeza, com amorosidade, ciente de que não há nada mais além dela, aguarda pacientemente esse movimento de auto reclusão, de retorno a si que, inevitavelmente todos fazem.
Nos momentos de angustias, de desolamento, de controle da razão inferior, a razão interior está ali, observando, agindo sutilmente.
Há estágios avançados de conflito interno, de confusão mental e espiritual que reconduzem de fora para dentro, o caminho, porém, deve ser trilhado, precisa ser trilhado, não há como saltar estágios, esse é o Plano para este plano e não se deve fugir dele, o exercício de viver é reconduzir-se de dentro para dentro. Esta é a meta.
As pessoas caminham, esbarram-se umas nas outras durante o dia, não o esbarrão físico, mas o encontro espiritual, e quase ninguém, muito poucos mesmo, são capazes de olhar-se uns aos outros como templos sagrados que são, guardiões de informações incalculáveis, imensuráveis... Cada ser carrega em si um universo e ninguém liga... Ninguém realmente liga para este universo, muitas vezes, nem o próprio ser...
Há que não se negligenciar esta informação.
Olhem-se por meio de um novo prisma. Não mais o da razão, mas o da contemplação. Contemplem a perfeição da criação, que em cada ser dispõe infinitas composições de ser.
As emoções, os pensamentos, as ações, os gestos, as energias, o movimento interno das células, dos complexos sistemas físicos e psicológicos, tudo reflete essa diversidade, mas as pessoas insistem em colocar umas às outras em pacotes e dispô-las em prateleiras como produtos de uma mesma classe para serem comprados ou não.
Não se pode ‘comprar’ uma ideia de pessoa, a maioria não compra nem a própria ideia de ser.
Não se coloquem como produtos, como coisas... Olhem-se com mais profundidade, observem a si mesmos e aos demais com um pouco menos de displicência e um tanto mais de compaixão.
Há muito a ser descoberto além da textura da pele, para dentro e avante, sempre.
Rumo ao encontro com a verdadeira voz da razão, a razão superior.

Mestre Melckzedeck

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