mensagem 23.10.15
Ordenar. Ordenar parece ser uma maneira muito comum, muito óbvia de se viver a vida terrena. A humanidade tem pressa em ordenar todas as coisas, coloca-las em uma disposição lógica que lhe permita alcançar, compreender... Enumera, cria cronologia, formata, insere num contexto óbvio. Só os autodidatas da alma são capazes de desordenar, descordenar as coisas, viver a vida de forma não linear... O gênio Einstein esteve e se mantém aqui conosco, de onde podemos observar o movimento da Terra. Em sua sanidade e genialidade, jamais ordenou nada, apenas fluiu e, com isso, teve acesso às informações disponíveis para todos.
É preciso olhar para a vida co-mo o prato do almoço. O arroz, o feijão, a carne estão no centro. Você olha e vê saciedade. Na bor-da, vazia, branca do prato estão as possibilidades todas de preenchi-mento às quais ninguém vê, ninguém nota porque estão centrados, focalizados no centro, no alimento e na saciedade momentânea das necessidades aparentes.
A vida flui também, nesta borda, incontente de sua pouca notoriedade...
Ali, muitas vezes, esparso está o verdadeiro alimento...
O verdadeiro alimento não é o arroz, o feijão ou a carne. O verdadeiro alimento é o prato.
Confeccioná-lo, escolhê-lo, ad-quiri-lo, lentamente posicioná-lo na mesa, contemplá-lo vazio e, depois de um esforço energético seu, preenchê-lo. Isso é viver e se nutrir, de verdade.
Esse é o pão. Esse é o alimento compartilhado por Jesus.
A saciedade da alma está ai, não no alimento em si.
A distorção da visão não permite ver a verdade...
Pode parecer muito intangível, muito disperso esse pensamento, mas não há sentido real, não há linearidade, não há lógica, não há razão..
Está tudo muito solto, desprendido no Universo.
Não é a gravidade que os prende à Terra, mas a razão.
Não são os gases que respiram que os mantém vivos, mas a Vontade.
Sem conexão com quem real-mente são, com suas essências, seus EU SOU vagam intranquila-mente pelos dias apenas, aqui ou ali, experimentando alguma alegria qualquer, mas ao menor descuido, pronto, se desmancham novamente, se perdem, desfalecem e caem no buraco negro, vazio, da inquietude, da intranquilidade, do desequilíbrio...
Onde estou, onde SOU não, aqui nada pertence ou faz sentido, aqui tudo vagueia, jogado ao acaso, sem rota traçada chega-se muito mais longe do que se pensa...
Aqui onde SOU não há tempo, espaço ou necessidade. Tudo é perfeito como está! Posso sentir isso.
Não há contas, roteiros, só é possível e pronto. Parem de pensar na forma, no contexto e sintam a experiência real de viver. Tudo flui suavemente quando se entrega, em confiança, ao inexplicável.
Não sejam tolos, a carne necessita comer e proteger-se, mas este não é o fim de viver. Estejam menos atentos a esse propósito, sem deixá-lo de lado, porém, mais vivos do que nunca interiormente, onde podem ser livres, soltos, dispersos conosco no Universo, viajando pelas vibrações, pelas emoções, pela intensidade verdadeira de estar VIVO e de SER quem são.
Esse prato, trabalhem por ele também, vivam também pela composição dessa refeição diária, para terem saciada não apenas a fome da carne, mas também a da alma.
O alimento verdadeiro é aquele que nutre as células física e quanti-camente. Vibrem intensamente nessa nova onda mundial de informação. Acessem, ela está disponível agora, cada vez mas intensamente.
Apaguem a luz, fechem a porta e saiam, metaforicamente saiam, para a nova realidade que os aguarda.
Ashatar
Nenhum comentário:
Postar um comentário