A paz quântica

Imersão quântica – 05.07.2016 – na guia de mestre Juan de La Luz

A auto-observação é um passo muito importante, muito decisivo para a evolução do homem porque, através dela, conquista-se um novo lugar, um novo patamar, um novo parâmetro de compartilhamento onde as pessoas, mais preocupadas em olhar e analisar suas próprias ações, seus próprios pensamentos e suas próprias palavras, envolvem-se, naturalmente, de uma energia de humildade e compaixão que cria uma frequência vibratória, uma faixa energética, compartilhada por todos, que pode crescer e formar uma espécie de uma grande nuvem de compreensão, capaz de cobrir a Terra e envolve-la em uma grande onda de amor incondicional.
Quanto mais se observa, quanto mais se conhece, quanto mais se torna capaz de buscar dentro de si as origens das emoções que desestabilizam seu ser, impedindo-o de se relacionar em harmonia com os demais, mais o ser humano avança no sentido de criar uma nova realidade para o planeta, no sentido de conduzir a Terra a outra dimensão possível, alcançável, de evolução.
Este é o primeiro passo a ser dado por cada um não apenas para a construção deste novo lugar no tempo e no espaço, mas principalmente, para o resgate da manifestação na Terra da divindade que cada ser contempla em si.
Todas as circunstâncias criadas, desde a mais profunda obscuridade até os mais puros e sublimes milagres da luz, tudo o que acontece está contemplado no Plano Sagrado da Existência e caminha, invariavelmente, para este ponto comum onde tudo converge apenas em uma única coisa: energia.
Todas as emoções e pensamentos são ferramentas deste processo humano e precisam ser encaradas pelas pessoas desta forma. Mais do que dominá-las, controlá-las, é preciso fluir com elas e isso significa observá-las, mergulhar no estudo delas e transmuta-las em novas formas – melhoradas formas – de experimentar momentos a parir delas.
Cada situação experimentada a partir de uma emoção como raiva, ódio, rejeição, medo, tristeza ou alegria, amor, compaixão e humildade, entre outras, fornece ao homem material para análise de si mesmo, para mergulhar em si, em suas memórias e em suas necessidades de enfrentamento de suas limitações, porque as situações precisam ser vivenciadas a partir do vazio quântico, esse lugar onde nenhuma emoção é capaz de impulsionar uma reação, uma palavra, um pensamento, uma atitude. Esse lugar onde tudo chega de forma leve, sem impactar emocionalmente a pessoa, apenas conduzindo-a ao aprendizado necessário por meio da situação.
Este é o verdadeiro Éden. Esse lugar de paz, onde nada fora nem dentro de cada um pode abalar a essência de luz que cada ser representa, a essência de cogeração, a essência de propagação de informações e ensinamentos que cada pessoa representa para as demais.
Neste lugar de descanso, todos avançam sem precisar se exaltar, sem precisar julgar, sem precisar competir com ninguém. Ocupados demais que estão consigo mesmos e com o exercício constante de assimilar as lições da vida e pros-seguir criando novos aprendizados para si mesmos, os seres, natural-mente, compartilham com os de-mais o melhor de si, porque não há nada mais prazeroso do que se sentir útil para si mesmo e para os demais, para o Todo. Não há nada mais tranquilizador, mais feliz, do que sentir a própria evolução e, neste caminho, neste processo, cada qual não está sendo egoísta, ao contrário, está se integrando à grande rede de Conexão, está ampliando seu olhar, para ter uma visão sistêmica da vida, em que compreende seu exato lugar no universo, seu exato lugar como instrumento, seu exato lugar como parte integrante de um Todo, Maior, muito Maior do que pode imaginar.
Neste Éden, a auto-observação não está associada à frieza, ao egoísmo ou a patologias quaisquer imaginadas pelo homem. Neste Éden, as emoções, os pensamentos e as atitudes convergem, natural-mente, para um lugar comum de leveza, um lugar comum de amor, porque não há outro ponto onde se possa estar, senão neste vazio quântico, capaz de tudo observar e em tudo atuar a partir da gratidão de existir.

Melck