terça-feira, 23 de agosto de 2016

Sobre o que significa ser apenas um instrumento




Imersão quântica 17.05.16 – na guia amorosa de mestre Juan de La Luz

Cada pessoa se constitui de átomos, de um conjunto de células que se agrupam e trabalham em funções pré-determinadas para o funcionamento de um sistema — órgão —, que cumprindo sua tarefa com êxito coloca em movimento um corpo, tornando possível a uma alma habitá-lo para experimentar um ciclo de desenvolvimento chamado vida.
Como este conjunto de células é preenchido por algo ainda não exatamente compreendido pela humanidade — energia — e como esta atividade da alma chamada vida se apresenta, sistemicamente, como o funcionamento de algo maior, que assim como cada órgão, trabalha em conjunto para colocar em movimento um organismo superior... Isso ainda é pouco compreendido pela maioria.
Falta à humanidade essa visão sistêmica da vida.
A vida é um processo apenas, que precisa ser executado com o mesmo rigor e amorosidade ensinado pelas células, que cotidianamente sustentam o indivíduo, trabalhando sem cessar ou questionar, à despeito de tudo quanto o indivíduo possa lhe oferecer de ruim, tanto alimento inadequado, quanto emoções desequilibradas e, consequentemente, energia destrutiva.
Em função da incompreensão do seu importante papel para o funcionamento de um organismo vivo superior — quem sabe... Deus... —, o homem desperdiça, consideravelmente, o tempo nesta atividade chamada viver, prejudicando-se em atritos desnecessários com os demais seres, observando-os e criticando-os, ao invés de trabalhar em silêncio, no aperfeiçoamento de si mesmo, para o perfeito funcionamento desse Todo.
Imaginem o que seria de cada um de nós, se os átomos se pusessem a discutir uns com os outros, discordando de seus modos operacionais, julgando suas ações e perdendo enorme tempo — que deveria ser dedicado às suas funções originais —, em atrito constante uns com os outros... O caos, sem dúvida.
Certamente, não haveria um só homem de pé!
Ciente da sua importância no processo da criação — seja lá ele qual for —, tudo se simplifica.
Consciente de seu papel, cada pessoa possui uma única responsabilidade: ser fiel à sua essência. E, em essência, tudo é amor apenas. Não há nada fora da amorosidade. Os átomos ensinam sobre o amor...
Isso é ser instrumento. E os átomos também ensinam sobre ser instrumentos.
Como instrumentos, damos apenas o nosso melhor, a nossa porção mais amorosa, para que cada gesto nosso, cada movimento sutil, cada atitude seja a realização plena daquilo a que fomos destinados. Para nossa própria existência e a de todos os demais.
Ser instrumento, portanto, é tudo quanto cada um pode desejar nessa vida, mais do que qualquer bem, qualquer emoção, qualquer pessoa. Porque ser instrumento é existir.
Ser instrumento é participar de forma consciente e coerente com a manutenção da própria vida.
Ser instrumento é fluir, dia a dia, na tarefa superior de dar o seu melhor, ainda que esteja recebendo o pior, porque das suas melhores atitudes depende algo muito maior do que você mesmo que, embora não possa conceber, integra.
Somos apenas instrumentos da criação, dentro de um organismo chamado Terra, desempenhando funções estratégicas para o desenvolvimento da vida.
Coloquemo-nos nesse lugar comum, em humildade e gratidão, praticando a compaixão com os demais e a auto-observação constante, para realizarmos com êxito nossa tarefa, nossa responsabilidade como instrumentos que somos, ou seja, oferecer o melhor de nossa essência: o nosso Amor.

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